Designação/Título: O Estilingue (1970-2010)
Autoria: Atilio Gomes (Nenna B)
Datas Relevantes: 1970
Inauguração: 1970 – reedição em 2010
Materiais: latex e árvore
Dimensões: variadas
Promotor: Atilio Gomes
Localização: orla de Vitória, Praia do Canto
Coordenadas GPS: -20.298479, -40.290344
Descrição
O Estilingue (1970-2010) é considerada a primeira obra de intervenção urbana em Vitória (Brasil). Realizada pelo jovem artista, ainda estudante da Escola d eBelas Artes, Atílio Gomes, a obra dialoga com os principais discursos poéticos da década de 1970 no Brasil.
Atílio Gomes elegeu como campo de ação o próprio contexto da cidade onde ele vivia, ao concretizar o que foi considerado o primeiro happening ocorrido na capital do Espírito Santo. Segundo Almerinda Lopes (2010), no catálogo de uma retrospectiva do artista, afirma que o artista “[…] selecionou, então, uma árvore (popularmente conhecida como chapéu de sol ou castanheira), no coração da Praia do Canto, nas proximidades da entrada da rua Moacir Avidos. A escolha do bairro também foi intencional, por ser o local de moradia dos integrantes de uma elite endinheirada, acomodada e conservadora, que preservava uma visão romântica de arte, avessa, portanto, a mudanças ou a inovações artísticas, como bem observou Carlos Chenier ao fazer uma avaliação das conquistas no campo cultural e artístico ocorridas em Vitória, na década de 1970.”
Assim, esta obra, embora não-perene, vai deixar marcas significativas na arte capixaba, entretanto, somente na segunda década dos anos 2000, quarenta anos depois dessa ação, é que ela foi compreendida como uma intervenção urbana que colocava o Espírito Santo no cenário da arte contemporânea. Lopes segue sua análise da obra revelando o ato subversivo de sua instalação: “Durante a noite de sábado para domingo do mês de junho de 1970, Nenna – contando com a colaboração de sua amiga e colega na Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Espírito Santo, Luisah Dantas – tomava de assalto a castanheira, para transformá-la tanto no suporte como em estrutura de sua obra.”
Esta obra teve um grande impacto em sua época, contanto com manifestação de jornalistas cariocas e do próprio Helio Oiticica. sua reedição em 2009/2010 foi para a realização de uma produção videográfica, ” A Pedra qeu o Estilingue Lança”, curta de Ana Cristina Murta.
Arquivo Gráfico
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Vídeo
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Outras referências
ID da Entrada: NTGD.2019.0022
José Cirillo (2019-09-07)